quinta-feira, 12 de março de 2009

O Desespero

Como é possível? Que a força por trás de coisas tão diferentes seja a mesma angústia profunda, o mesmo abismo de desespero?

Por trás da paixão do adolescente e da paixão do adulto; por trás da excelência do músico, e por trás do indomável homem de negócios (a coisa mais parecida com um caubói em nosso pacato capitalismo urbano); por trás do rigor da mente e da tolice, da devoção religiosa e do ateísmo;

da fealdade profunda, e da beleza na superfície;

O desespero, conhecido ou ignorado. O desespero sem amor, já o disse Kierkegaard. Sim, foi uma revelação enxergar o desespero que move o amor romântico, tal qual Ungoliant, o ser maligno que secou Telperion e Laurelin, as Duas Árvores de Valinor, e nem assim saciou-se.

Deus, faz-nos ferver de desespero (se preciso for) até que todos os nossos ídolos se derretam.

E o ouro puro da esperança só reste

no coração daquele que confia em ti.

5 comentários:

Roberto Vargas Jr. disse...

Meu caro,
Angústia, desespero!? Uma terrível busca por significado? Creio que entendo bem isso.
Terrível, mas nem por isso menos bela. Pois do outro lado do rio podemos encontrar a poesia por detrás desta busca!
Significado que provocativamente chamarei essência. Pois só o encontraremos se cumprirmos um Propósito. Nossa essência, nosso significado é esse Propósito.
Um profeta já nos disse que não há como aquietar nosso coração senão nEle!
Em Cristo, nosso Senhor,
Roberto
PS: É bom ver Tolkien bem usado!

Anônimo disse...

Olá, meu nobre Guilerme!
Esse post me fez pensar no desespero de Agostinho que somente cessou quando de fato,encontrou o Seu Amado Salvador.

Um abraço!

Onésimo Mesquita

Guilherme de Carvalho disse...

Oi Onésimo!

De fato, só Jesus pra tirar o desespero.

Mas no caso me refiro ao que Kierkegaard chama de desespero; a "angst". É algo que fica anulado quando olhamos para Jesus, mas que não desaparece completamente (por isso desiamos os olhos dele e ainda pecamos).

Na verdade, nem é que nos desesperamos porque pecamos, mas que pecamos porque nos desesperamos, entende?

abr,

Guilherme

Anônimo disse...

Claro meu nobre, foi eu que que interpretei Kierkegaard á luz de Agostinho, deveria ter feito o contrario.

Nobre,pra que mês e o lacamento do COSMOVISÂO E TRANSFORMAÇÂO II e
o livro Doeyweerd em portugues?

Estou terminanado minha especialização em missiologia e vou desenvolver um trabalho de aplicação da Visão Cosmonomica com vista ao Dicipulado da Nações.
O que vcpode me dizer?

Atenciosamente.

Guilherme de Carvalho disse...

Oi Onesimo!

Rapaz, a coisa do livro está mesmo lenta. Já está traduzido e revisado desde outubro do ano passado, mas como vc deve ter imaginado, não se trata de uma obra muito comercial. Em suma, ainda estamos negociando com possíveis editores.

Mas já estamos também trabalhando em outra solução: vamos fazer uma edição em PDF de todos os livros que traduzirmos, e os arquivos serão disponibilizados para todos os membros da aket.

quando a coisa estiver mais encaminhada, vou informar a todos aqui mesmo no Blog.

bração!