Me lembro de curtir natais maravilhosos em família desde pequeno. Sempre havia nozes, passas (eu detestava isso...) presentes (ah, disso eu gostava!) Jesus, Belém, neve, parentes distantes, papai noel... Eu não sabia bem se era uma festa cristã ou não; só sabia que era bom.
Daí várias igrejas descobriram que a origem da festa de Natal era pagã. Fomos informados de que o 25 de dezembro fora o dia do solstício de inverno no hemisfério norte, que era a data de adoração ao deus-sol, que Jesus não nasceu nessa data, que a Igreja Católica pegou a data para combater a idolatria, etc. Daí, como bons crentes e anticatólicos, abolimos o natal. Nada de paganismo. Nada de presentes, neve (bem, isso não tinha mesmo), parentes, Belém, papai noel, nozes...
Não estou certo de que nos livramos do paganismo com isso. Sim, me livrei das passas mas, tristemente, as nozes foram embora junto!
Será então que crente não pode fazer festa? "Ora, pode sim" - me disseram. "O cristão tem duas festas para comemorar: a data do seu batismo e a ceia do Senhor". Daí acabou tudo: até a páscoa "foi pro saco". A princípio engoli a resposta, mas logo o barco começou a fazer água; "será que vão sumir com o dia do meu aniversário?"
Daí pra frente, graças a Deus, começou o caminho de volta. Aprendi que a ceia e o batismo não são "datas comemorativas". Hoje entendo que são sacramentos, e não meras lembranças. Portanto, não servem como substitutos para festas religiosas ou seculares.
Depois tive uma crise de calendário. Dando aulas de introdução histórica ao Novo Testamento no seminário, descobri que há boas evidências de que Jesus nasceu no final do ano mesmo. E mais: sua chegada foi anunciada por fenômenos astronômicos que os reis do oriente (que não eram judeus) interpretaram como um sinal divino. Como isso teria ocorrido sem que Deus usasse elementos de sua cultura e de sua religião?
Sim, nada disso bastaria para justificar a comemoração do Natal. O que me levou a retomar o Natal foi uma constatação muito mais prosaica: a de que o fim do ano sem Natal fica mais triste. E a única tristeza que faz bem é a do arrependimento. Para que servem datas comemorativas? Para relembrar o que não deve ser esquecido. Data de festa a gente inventa. E a gente inventa quando há algo de importante. Ora, o nascimento de Jesus não foi importante? Como é que podemos comemorar nossos aniversários sem nenhum sentimento de culpa e não podemos comemorar o aniversário da encarnação do Verbo? Se o Natal não existisse, teria que ser inventado!
Foi então que eu inventei o Natal. E decidi inventá-lo exatamente no dia 25 de Dezembro (já que não sabemos o dia certo em que ele nasceu). Porque escolhi essa data?
1. Para enfatizar que não existe nenhum deus-sol, mas apenas o Deus de Jesus Cristo;
2. Para lançar confusão sobre essa versão midiática pagã e melosa de Natal, que quer falar em Paz sem falar em Jesus Cristo;
3. Para contrariar todas as formas de cristianismo legalista, que se dedicam a coar mosquitos e engolir camelos;
4. Para alegrar às minhas duas filhinhas.
Com certeza há outras boas razões para fazer isso. Mas, sinceramente, considero a razão número 4 perfeitamente suficiente. Afinal, Deus não gosta de tristeza.
Se na sua vida não tem Natal, então invente!
Daí várias igrejas descobriram que a origem da festa de Natal era pagã. Fomos informados de que o 25 de dezembro fora o dia do solstício de inverno no hemisfério norte, que era a data de adoração ao deus-sol, que Jesus não nasceu nessa data, que a Igreja Católica pegou a data para combater a idolatria, etc. Daí, como bons crentes e anticatólicos, abolimos o natal. Nada de paganismo. Nada de presentes, neve (bem, isso não tinha mesmo), parentes, Belém, papai noel, nozes...
Não estou certo de que nos livramos do paganismo com isso. Sim, me livrei das passas mas, tristemente, as nozes foram embora junto!
Será então que crente não pode fazer festa? "Ora, pode sim" - me disseram. "O cristão tem duas festas para comemorar: a data do seu batismo e a ceia do Senhor". Daí acabou tudo: até a páscoa "foi pro saco". A princípio engoli a resposta, mas logo o barco começou a fazer água; "será que vão sumir com o dia do meu aniversário?"
Daí pra frente, graças a Deus, começou o caminho de volta. Aprendi que a ceia e o batismo não são "datas comemorativas". Hoje entendo que são sacramentos, e não meras lembranças. Portanto, não servem como substitutos para festas religiosas ou seculares.
Depois tive uma crise de calendário. Dando aulas de introdução histórica ao Novo Testamento no seminário, descobri que há boas evidências de que Jesus nasceu no final do ano mesmo. E mais: sua chegada foi anunciada por fenômenos astronômicos que os reis do oriente (que não eram judeus) interpretaram como um sinal divino. Como isso teria ocorrido sem que Deus usasse elementos de sua cultura e de sua religião?
Sim, nada disso bastaria para justificar a comemoração do Natal. O que me levou a retomar o Natal foi uma constatação muito mais prosaica: a de que o fim do ano sem Natal fica mais triste. E a única tristeza que faz bem é a do arrependimento. Para que servem datas comemorativas? Para relembrar o que não deve ser esquecido. Data de festa a gente inventa. E a gente inventa quando há algo de importante. Ora, o nascimento de Jesus não foi importante? Como é que podemos comemorar nossos aniversários sem nenhum sentimento de culpa e não podemos comemorar o aniversário da encarnação do Verbo? Se o Natal não existisse, teria que ser inventado!
Foi então que eu inventei o Natal. E decidi inventá-lo exatamente no dia 25 de Dezembro (já que não sabemos o dia certo em que ele nasceu). Porque escolhi essa data?
1. Para enfatizar que não existe nenhum deus-sol, mas apenas o Deus de Jesus Cristo;
2. Para lançar confusão sobre essa versão midiática pagã e melosa de Natal, que quer falar em Paz sem falar em Jesus Cristo;
3. Para contrariar todas as formas de cristianismo legalista, que se dedicam a coar mosquitos e engolir camelos;
4. Para alegrar às minhas duas filhinhas.
Com certeza há outras boas razões para fazer isso. Mas, sinceramente, considero a razão número 4 perfeitamente suficiente. Afinal, Deus não gosta de tristeza.
Se na sua vida não tem Natal, então invente!
16 comentários:
Guilherme, meu caro,
Sempre acho uma bobagem a cada fim de ano um monte de gente dizendo que não deveríamos comemorar o Natal. Ora, a mim basta lembrar que o Natal não é o que é apresentado alhures, mas a lembrança da Encarnação.
E, no mais, embora meu pequeno ainda não entenda, já sei bem que a razão número 4 é de fato mais que suficiente!
Grande abraço e tenha um bom Natal. E siga mais um ano de bençãos!
No Senhor,
Roberto
Nobre Guilherme !
Adorei o conetarrio sobre o Natal, e espero que Deus abençoe cada vez mais a voce.
Nobre, ja tive a oportunidade de ler seu livro (FÉ CRISTA E CULTURA CONTEPORANEA)E gostei muito e espero estar rezenhando no meu blog,http://apologiaeespiritualidade.blogspot.com/
E logo poderei ir ate a L´abri e convesarmos mais.
Um abraço,
Onésimo Mesquita
Caros,
obrigado pelos comentários! Jóia q vc já tenha lido o livro Onesimo. Vou conferir sua resenha quando ela sair.
E Roberto, quem é Pai sabe que a 4 é suficiente mesmo, rsrsrs... Deus abençoe vc e os outros quatro Calvinistas!
abr,
Guilherme
Guilherme,
Que maravilha!!!
Seu me ajudou a persistir: Não desistirei do natal!
Trata-se de uma alegria que pode ser muito bem vivida quando sabemos da grandiosa bênção da encarnação.
Feliz Natal pra você e família!
Fraternalmente,
Ivny (Viçosa-MG)
Olá Guilherme!
Passei aqui para parabeniza-lo pelo blog. Muito bom mesmo! Faz um tempão que estou querendo bater um papo com vc. Espero que um dia possamos conversar sobre filosofia e neocalvinismo.
Um forte abraço,
Jonas
Olá Jonas!
Será um prazer conversarmos em algum momento. Mas vamos conversando de blog por hora. Como disse, gostei do seu.
Feliz 2010, hein?
Guilherme
olá Guilherme
Compartilho da mesma opinião que a tua. Tem um bando de neopuritanos e neopentecostais opostos teologicamente em questões de identidade, mas unânimes contra a comemoração do Natal. Vira e volta tenho que me deter em ficar respondendo e-mails sem-sal sobre este assunto. Estarei sugerindo o seu artigo para que leiam, assim economizo tempo. rsrsrsrsrs
Qto a datação da possibilidade de ser mesmo o dia 25 de Dezembro, dê uma lida na obra de um judeu-cristão chamado Alfred Edersheim, erudito professor de Septuaginta na Orford University. Em seu comentário sinóptico dos Evangelhos ele sugere com evidências em documentos judaicos que, talvez, esta seja realmente a data do nascimento do nosso Senhor Jesus [vide, A. Edersheim, La Vida y los Tiempos de Jesús el Mesias, vol. 1, pág. 226].
Muito bom o seu site!
um abraço,
Ewerton B. Tokashiki
Amigo guilherme. Permita-me chama-lo assim.
O natal ja passou ha mais de dois meses, e só hoje tive a alegria de descobrir essa maravilha de texto sobre o natal. voce foi inspirado.
Se o natal não exixtisse, realmente deveríamos inventa-lo.
por favor permita-me publicar esse texto em meu blog, mesmo atrasado, terei a alegria de postá-lo.
è claro que te será dado os créditos, só quero divulgá-lo
responda no email manoelbsilva@hotmail.com
ou no blog do nezin
www.manoelbsilva.blogspot.com
Ei Guilherme,
eu tbem ñ sei se o papai noel existe... rsrsrsrsrs mas eu sei que gosto de ganhar presente e
o maior presente ´[e poder comemorar o nascimento, morte e
ressureiçao de Jesus!
Que "preguiça" ficar discutindo isso, se comemora ou ñ comemora,
ah! deixa prá lá e
feliz "natais" p. vcs!
"...C. S. Lewis ficou surpreso ao ver que sua vida após a conversão
consistia principalmente em fazer
as mesmas coisas que fazia antes, só que com novo espirito."
abr.
Mila Castanheira.
Parabéns pelo Blogue. Estou seguindo.
Guilherme, tudo jóia?
Caso não lembre de mim, sou o Igor, seu "primo-anexado"
rsrs
Adorei o blog, estou te seguindo e quero ver textos novos hein! rs
Abração mano!
PS: adorando o livro!
Duro mesmo é que dentro do CALVINISMO haja esse dissenso quanto a isso
http://frasesprotestantes.blogspot.com/2007/12/citaes-variadas-xxxix.html
Isso sem falar nas questões escatalogicas, da responsabilide humama,etc.
Pr. Guilherme, parabéns!
Este foi um dos melhores comentários sobre o Natal que já li. Obrigado.
+Bispo Moreno
PASTOR GUILHERME, BOA TARDE COM MUITA PAZ E UM FELIZ E VERDADEIRO NATAL.
MUITO BOA A SUA INVENÇÃO!!! E SE SOBRAR ALGUNS PRESENTINHOS E NOZES E SÓ MANDAR.
SAÚDE E SUCESSO.
AUGUSTO NETO
FONE/FAX (11) 2897-0665
CELULAR (11) 9604-9505
augustonp@osite.com.br
SKYPE: augusto.neto33
Fotos do mural
Campanha: No Natal, comemore Jesus!
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De: AgenteGospel
blz então...continuemos dando importância ao Natal, deixa como tá! coisas piores que essas a gente nunca questionou né? o nome do Salvador é Jesus e nunca foi Jesus! eu não me lembro da língua hebraica ter letra J! quem inventou isso...talvez tenha sido o mesmo que inventou o Natal para a nossa geração dar continuidade! o que O Eterno acha ninguém quer saber...agora o que achamos...isso é o que vale! texto bem legalzinho para quem se nega a pensar um pouquinho e busca sustentação na Lei da Maioria (aquela que sempre está certa), Lutero, Constantino vcs são os caras!!! e todos digam
Amém!!!
cara, muito bom!
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